Praia é tudo de bom

Acabei de ler o ranking de praias que a Viagem & Turismo publica na edição deste mês. Das 10 praias brasileiras listadas entre as melhores do mundo, conheço sete. Nada mal, não? Das 10 no Exterior, em compensação, fico no zero.
Faz sentido. Pra mim, parece que praia é coisa de curtir por aqui mesmo. No Exterior, os interesses são outros. Lembro de quando cheguei a Barcelona, para uma temporada de estudos de sete meses. Era agosto, e eu sabia que a chance de curtir o verão era cair na areia logo nas primeiras semanas.
Não adiantou de nada. Com tudo aquilo por conhecer - as obras do Gaudì, as ruas do charmosérrimo Eixample, a Champañería (que, afinal, ficou só para a segunda temporada na cidade), as universidades, os cursos... -, eu mal e mal via o mar. As famosinhas Sitges e Castell de Fells, ficaram pra beeem depois, quando calça e manga longa já eram necessárias.
Mas não me arrependo, não. Praia mesmo é coisa de Brasil.

Pra quem ficou curioso, as top 10 da V&T são:

BRASIL
Porto de Galinhas
Jericoacoara
Bombinhas
Copacabacana
Pipa
Joaquina
Canoa Quebrada
Baía do Sancho
Ipanema
Gunga

EXTERIOR
Cancún
Miami
Taiti
Ibiza
Havaí
Aruba
Punta del Este
St. Martin/St. Marteen
Punta Cana
Acapulco

*

Só não vale me levar ao pé da letra: é claro que um dia quero conhecer essas praias lindas do Exterior!

Bella Toscana

A Elle deste mês me fez recordar um dos momentos mais legais da viagem pela Europa: a visita à Toscana, na Itália. A região é mesmo lindíssima. Fora Florença, que é grande e encantadora, há muito o que descobrir nas pequenas vilas do interior.

Nós começamos a viagem por Pisa, que só vale um turno, já que está tudo concentrado no mesmo lugar: a torre de Pisa (pra fazer aquela foto clássica), o batistério e a catedral. Ao redor, muitos camelôs e só.
Dali, seguimos até Lucca, que fica a menos de uma hora. A cidade é linda e serve o melhor sorvete italiano que pude provar. A parte principal, e mais antiga, é toda murada. Excelente pra caminhar, desbravar ruelas que parecem não ter nada - mas têm! A Piazza del Anfiteatro é bem mimosinha e leva a um outlet imperdível da Benetton próximo a uma das saídas.
Florença, o destino seguinte, nem é preciso comentar muito. Galleria degli Uffizzi, Palazzo Pitti, Galleria dell'Accademia, Piazza della Signoria, Ponte Vecchio. É arte em todos os cantos. Seria a minha próxima moradia no Exterior, se isso estivesse em cogitação agora.
Mas um dos grande baratos da Toscana é justamente sair de Florença: pegar um carro e fazer a Via Chiantigiana, a S-222. Ela tem só 70km e liga a capital à Siena. Tem uma autopista que oferece a mesma ligação, porém expressa - mas quem tem pressa naquele paraíso? A S-222 é tortuosa e cheia de atrações pelo caminho. Os campos lindos, os ciprestes, as muitas torres na murada San Gimignano, as cantinas espalhadas ao largo da estrada...
Antes de chegarmos a Siena - maravilhosa e movimentada -, esticamos até Montalcino, conhecer as muralhas no centro da cidade e desfrutar de um pôr-do-sol fenomenal. E, claro, comprar o vinho classificado como um dos melhores do mundo, o Brunello di Montalcino (a perdição do Mau).

Não lembro quantos dias durou o trecho toscano, mas foi certamente um dos melhores. Estivemos lá no inverno, o que a Elle até classifica como mico supremo, e já valeu muito a pena. Quero só ver no bis do próximo ano.



Fotos. Como não consegui abrir meus DVDs, estas saíram do Google mesmo.