quarta-feira, maio 10, 2006

E não é que eu saltei mesmo?


Saltar de pára-quedas é coisa pra maluco. E, nem eu acredito, fiz parte desse grupo de doidos na última sexta-feira.
Saltei, olha que coisa.
Foi delicioso, adorei, amei. Mas é claro que envolveu uma boa dose de tensão e medo. Dose daquelas! Depois de uma semana negociando, o tempo cooperou e eu consegui saltar. A princípio, era pra acompanhar um outro cara - novato como eu - e ver as reações dele. Terminou gerando também um depoimento pessoal (outra experiência nova).
Tá, mas voltando pro salto em si: mais de uma hora de vôo, boa parte com a rampa da aeronave (essa que aparece na foto) aberta. Não bastasse o frio na barriga, ainda tinha o frio propriamente dito. Ventava pra caramba lá dentro.
Depois de fazer e desfazer três vezes as conexões que me mantinham presa ao sargento que pilotaria o pára-quedas, finalmente nos deram o ok pro salto. Aí foi tudo muito rápido! E eu achando que ainda teria um tempão pra me preparar emocionalmente. Ainda bem que já tinha combinado com o cara que ele não desistiria do salto nem que eu pedisse pelo amor de Deus.
Um, dois, três passos e fomos. Back loop de quase uma volta inteira. Ai! O cara deu um impulso e eu devo ter me descabelado de tanto gritar. Nem disso tenho certeza. Tu só sente a pressão do vento, ouve o barulho e pensa que vai morrer.
Tínhamos a companhia de um cinegrafista - estou até agora tentando cópia da fita! -, que veio de longe tão rápido que achei que fosse nos atropelar. Devo ter abanado pra ele, sei lá. Pelo menos, tinha sido orientada a fazer isso.
De repente, sinto um impacto muito forte e, de novo, acho que tô morrendo. O pára-quedas abriu, sua anta! Cheguei a escorregar dentro do macaquinho. Aí é só silêncio e curtição. Quero dizer, mais ou menos. O sargento me deu as instruções pra pilotar o equipamento e eu comecei a dar voltinhas. Quase morri de novo, de tão enjoada. Dali pra baixo, já não curti tanto assim. Mas o pouso foi tranqüilo, numa boa. Até achei que o impacto fosse maior.
Moral da história: adorei a experiência, mas agora que já conheço a sensação, não preciso repetir.

Coisa pra maluco...

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